SBP Sociedade Brasileira de Psicologia

Depressão em adolescentes

Aumento na atividade de rede cerebral associada à recompensa pode indicar risco maior de desenvolver a doença

É no início da adolescência, uma fase de grandes transformações no corpo e na mente, que aumenta a frequência dos casos de depressão, marcada por uma sensação prolongada de tristeza, queda da autoestima e perda do prazer em realizar atividades antes agradáveis. Estudos que acompanharam crianças e adolescentes nos Estados Unidos no final dos anos 1990 constataram que a proporção de casos novos que surgem a cada ano passa de 1% aos 11 anos de idade para 2% aos 15 anos e 15% aos 18 – em média, uma em cada seis pessoas terá um episódio de depressão ao longo da vida. Agora, um grupo de pesquisadores brasileiros verificou que uma alteração no funcionamento da rede cerebral associada à recompensa parece anteceder em alguns anos a instalação do problema em adolescentes. Se confirmada em outros estudos, essa característica talvez possa servir como um sinalizador do risco de depressão.

Essa conclusão emerge de um estudo que acompanhou por ao menos três anos 529 depressaocrianças e adolescentes brasileiros (255 de São Paulo e 274 de Porto Alegre). Exames de imagens que permitem ver o cérebro em funcionamento mostraram que aqueles que apresentavam a rede cerebral da recompensa mais ativa e com seus pontos mais conectados entre si apresentavam um risco 54% maior de receber o diagnóstico de depressão na avaliação psiquiátrica feita três anos depois do teste inicial do que as crianças e os adolescentes em que esse circuito operava em níveis mais baixos e considerados adequados.

Para ler a notícia, acesse: http://revistapesquisa.fapesp.br/2018/02/12/depressao-em-adolescente/

Newsletter

Cadastre-se para receber notícias por e-mail: